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sábado, 11 de dezembro de 2010

Canção do Verdadeiro Abandono










Podem todos rir de mim,



podem correr-me à pedrada,



podem espreitar-me à janela



e ter a porta fechada.











Com palavras de ilusão



não me convence ninguém.



Tudo o que guardo na mão



não tem vislumbres de além.















Não sou irmã das estrelas,



nem das pombas nem dos astros.



Tenho uma dor consciente



de bicho que sofre as pedras



e se desloca de rastros.






Natércia Freire
















Vermelho de paixão

Verde de esperança

Azul de temperança

Amarelo de ilusão

Pintado de todas as cores

Fica meu coração

Quando num instante breve

O pintas com a tua mão

Fazes misturas na paleta da vida

Numa tela por pintar

Numa vida por viver

Num amor para amar

O teu coração acalenta

Doce esperança de paixão

Num tom de cor magenta

Pintarás tua ilusão

Assim misturadas as cores

Na tela cairão

Bem juntinhas

Belo jeito da tua mão.





.

Princesa do Sado





De origem muito remota


Foi dos Celtas povoado

É cidade ribeirinha

Aprazível, foz do Sado



Belezas, tem-nas sem fim

Já foi dos romanos, jóia

Que na sua era imperial

Ali, construíram Tróia



É cidade secular

De distintos monumentos

Tem belo porto de mar

Igrejas e até conventos



Suas ruas estreitinhas

São de alguns pintores, painel

Nos campos, as laranjeiras

E o famoso Moscatel



Viu nascer Luiza Todi

E quis também o destino

Que fosse berço de Bocage

O grande, Elmano Sadino



Setúbal, és bem formosa

Acolhedora e amena

Não ser de ti natural

Podes crer…que me faz pena



Euclides Cavaco